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Um blog de colegas da UTAD que escrevem sobre as Ciências do Desporto

O que move ou faz mover este FCP?

Saudações desportivas a todos os que visionam todos os dias os artigos colocados por este grupo de Amigos ligados ao Desporto e um bem-haja a todos os que trabalham todos os dias para tentar fazer deste um projeto vencedor!
Passada esta breve introdução ao nosso Blog e seus constituintes, passo então a referir o assunto que vos trago nesta minha 3ª intervenção, que vai focar os aspetos que me fascinam no trabalho de um treinador que são os aspetos da liderança e mais especificamente os fator motivacionais que movem os jogadores, neste caso em particular os que me pareceram e parecem basais na “crise do F.C. Porto”

Comecemos pela Liderança, tendo o treinador qualidade (porque ninguém faz a época que o Paulo Fonseca fez o ano passado tendo por base a sorte) o que terá levado o F.C. Porto a ter decrescido tanto de uma época para a outra? Há quem mencione a falta de qualidade do plantel, que “sem ovos não se fazem omeletes”, mas a falta de qualidade será assim tão gritante que não seja capaz de estar a discutir um campeonato? Ou haverá aqui aspetos relacionados com a liderança e os fatores motivacionais intrínsecos e extrínsecos?

Eu opto pelo lado da liderança e das motivações. As referências do “Portismo” foram-se perdendo, e o Porto não resvalou antes porque no banco estavam treinadores que tinham ainda a famosa “mística” de outros tempos, que já haviam passado pelo clube nos anos de grandes planteis constituídos maioritariamente por “raça” portuense e uma ou outra “magia” estrangeira. Vejamos o exemplo de Vilas Boas e de Vitor Pereira, que á falta de Grandes nomes do clube no plantel, tiveram ao seu lado grandes capitães de balneário, mais especificamente este último que começou a subir o rendimento com a entrada de Lucho na equipa e de Paulinho Santos no banco. O preço a pagar pelos sucessos anteriores e da criação de estrelas estrangeiras, James, Hulk e Falcao é que jogadores passaram a ver o clube como meio de “estar em forma” e “ganhar ritmo” e visibilidade para atingir o Mundial do Brasil sem terem de se esforçar muito, pois “criou-se” a imagem que jogar no F.C.Porto era vitória certa e qualquer um era Campeão e ganha visibilidade só por vestir aquela camisola. Os jogadores foram chegando, os “Egos” acumulando-se e vemos que a motivação extrínseca de estar presente no Campeonato do Mundo ser valorizado e conseguir um contrato melhor, deixou de fazer parte de uma motivação intrínseca de fazer o seu melhor pelo clube, ser acarinhado por adeptos e participar em conquistas importantes, para assim ser “recompensado” com a chamada á Seleção e aí sim partir já valorizado para uma prova Mundial.

Posto isto volto novamente ao fator “LIDERANÇA”, e ponho a questão para debate. Que “MOTIVAÇÃO” consegue dar um treinador a uma equipa após pôr o lugar á disposição… 2 vezes? Eu como jogador pensaria, ele não é “CAPAZ” não tem condições para nos “COMANDAR” ou não nos acha capazes de “LUTAR” pelos títulos, não temos qualidade! A meu ver causa muita dúvida existencial na cabeça de um jogador, que fará de um plantel que não consegue ter consistência!

É necessário estabelecer prioridades, objetivos coletivos, e depois cada um estabelece os seus e isto é trabalho de um LÍDER, não deixar que nada nem ninguém se ponha á frente do coletivo e dos objetivos da equipa! Pois se hoje Falcao, Hulk, James e tantos outros são alguém no Futebol devem-no às conquistas alcançadas enquanto equipa!

” Um exército de ovelhas liderado por um leão derrotaria um exército de leões liderado por uma ovelha.”

Provérbio Árabe

João Santos

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This entry was posted on 29 de Maio de 2014 by in Joao Santos and tagged , , , , , , , , .

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